Se, por um lado, o consumo de frutas registra queda durante o inverno, a procura por legumes tende a aumentar na CEASA/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) na estação.
Conforme o diretor de Abastecimento e Mercado da CEASA/MS, Fernando Begena, neste período cresce a procura por legumes como abóbora, cenoura, batata e até verduras, como salsinha, cebolinha e coentro.
“Essas hortaliças incrementam uma infinidade de sopas e caldos, muito consumidos pela população nesse período. Quem busca qualidade, sem dúvida, encontra esses produtos aqui na CEASA/MS”, comenta Begena.
Quem comprova esse aumento são os empresários da CEASA/MS. Na JS Saraíva, um dos carros-chefes é a batata-doce, mas a empresa também comercializa moranga, abóbora comum, cabotiá e alho. Conforme Edson Carlos, um dos vendedores da JS, o aumento nas vendas chega a 30% durante o inverno.
“No frio, os clientes tendem a adotar uma alimentação mais ‘pesada’, com mais condimentos e legumes cozidos ou em caldos, feitos com os legumes que nós comercializamos”, explica.
O inverno também exige jogo de cintura dos comerciantes de frutas. Na WB Bananas, a principal preocupação é quanto à qualidade das frutas, que sofrem diante das baixas temperaturas, conforme explica o proprietário, Wandré Barbosa.
“Algumas das regiões produtoras de onde trazemos nossas mercadorias acabam enfrentando doenças nesse período. E, mesmo diante da queda no consumo, ainda conseguimos manter a qualidade e atender o público, que não deixa de comprar a banana”, comenta.
O período é uma boa oportunidade para o consumidor vir até a CEASA/MS e levar para casa frutas que registram queda nos preços, como é o caso da melancia.
Ruan Carlos Souza, gerente da WR Hortifruti, no pavilhão da COOP-Grande, está com o estoque abastecido da fruta. O kg da melancia está custando, em média, R$ 1,50 na CEASA/MS, conforme a Dimer (Divisão de Mercado e Abastecimento).
“Por ser uma fruta muito refrescante, o cliente prefere consumi-la no calor, então é natural uma queda nas vendas nesse período. A redução nas vendas da fruta chega a 70% e como a procura diminui, baixamos os preços para atrair mais vendas”, comenta.