O gerente administrativo da CEASA/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), Rodrigo de Oliveira Xavier, e a cotadora da instituição, Fernanda Zequim, participaram do encerramento do curso de extensão “Cadeia de Suprimentos de FLV e Segurança Alimentar nas Centrais Atacadistas”, realizado na CEAGESP, em São Paulo.
O curso foi promovido pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), por meio do LOGICOM (Laboratório de Pesquisa em Logística e Comercialização Agroindustrial) e do NEPA (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação).
As atividades da sexta-feira (13) ocorreram no Auditório Nelson Loda, localizado no ETSP (Entreposto Terminal São Paulo), e contaram com a organização da própria CEAGESP e da Abracen (Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento).
Representando Mato Grosso do Sul no evento, Xavier e Fernanda apresentaram os desafios, as soluções e as inovações adotados para aprimorar a gestão da CEASA/MS ao longo de 2024. Ao todo, 15 grupos de trabalho expuseram suas ideias em um encontro marcado por muito aprendizado, explica Rodrigo.
“A capacitação adquirida no curso me permitiu aprimorar minhas competências técnicas, tornando-me apto a identificar e sugerir melhorias significativas em diversas áreas da nossa CEASA. Com base nos conhecimentos adquiridos, posso propor soluções que visem otimizar a gestão de resíduos, melhorar a segurança alimentar e garantir a qualidade dos produtos comercializados, alinhando as práticas da CEASA/MS aos padrões exigidos”, comenta Rodrigo.
A troca de experiências promovida pelo encontro foi de fundamental importância, acrescenta o gerente administrativo das Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul.
“O curso possibilitou um rico intercâmbio de experiências com profissionais de outras CEASAs de diferentes regiões do Brasil. Este networking foi de extrema relevância, pois possibilitou a troca de vivências e desafios enfrentados por essas centrais, promovendo uma aprendizagem coletiva. Discutir as dificuldades comuns e as práticas que têm gerado bons resultados em outras regiões foi uma oportunidade ímpar de absorver novas ideias e adaptar soluções para a realidade local”, conclui.
Conforme Fernanda, o curso, que teve duração de cinco meses, baseou-se na legislação RDC 20216, da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que estabelece o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Essa norma tem como objetivo principal garantir a segurança alimentar e a qualidade dos alimentos, protegendo a saúde da população.
“Foi uma experiência incrível, imersiva e intensa. Durante as apresentações dos trabalhos, que abordaram diferentes Ceasas, grandes e pequenas, foi possível identificar problemas comuns, como reutilização inadequada de embalagens e caixas de madeira, armazenamento impróprio, presença de animais (como pombos), entre outros. Além disso, tivemos a oportunidade de conhecer as soluções, dicas e estratégias compartilhadas pelos colegas para enfrentar essas dificuldades. Isso permitiu que reconhecêssemos nossas próprias questões em contextos semelhantes e encontrássemos inspirações para resolvê-las. Embora o curso tenha destacado que ainda há muito a evoluir, ficou evidente que estamos no caminho certo”, comentou Fernanda.
Fernanda Zequim não tem dúvidas de que os aprendizados do curso terão reflexo em sua rotina de trabalho daqui em diante.
“As rodas de conversa foram ricas em informações, trocas de ideias e aprendizados práticos, algo que só quem convive diariamente com esses desafios pode proporcionar. Todos estavam unidos em busca de soluções concretas. As apresentações também revelaram que muitas Ceasas ainda operam em um nível básico no que diz respeito às Boas Práticas de Fabricação (BPF), Procedimento Padronizado de Higiene Operacional (PPHO) e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Esses conceitos são fundamentais para garantir o controle higiênico-sanitário dos alimentos, prevenindo a contaminação por microrganismos que podem causar toxinfecções. BPF, PPHO e APPCC não são apenas ferramentas teóricas, mas instrumentos indispensáveis para assegurar a segurança alimentar e elevar o padrão dos serviços prestados. O curso nos trouxe uma visão clara de que, embora o caminho seja desafiador, é possível progredir e alcançar melhorias significativas”, enfatizou.